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Anúncio da Parceria Apple e OpenAI

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Paulo Pontes | 19/06/2024
A Apple, proprietária do iPhone e do iPad, anunciou hoje uma parceria com a OpenAI, criadora do ChatGPT. Esta colaboração deve impulsionar a assistente de voz da Apple, a Siri, adicionando novas funcionalidades à já conhecida assistente virtual. Este anúncio marca uma estratégia significativa da Apple para fortalecer a Siri, que há muito tempo tem ficado atrás de concorrentes como o Google Assistant e Alexa da Amazon. A parceria com a OpenAI, uma das líderes em inteligência artificial, é um passo importante para recuperar terreno perdido.
Parceria Apple e OpenAI

Detalhes do Anúncio

Foi anunciado hoje, há poucas horas, lá na Califórnia, no evento WWDC que é um palco tradicional para grandes anúncios da Apple, que é a conferência de desenvolvedores da Apple. Todos os anos, eles apresentam as principais novidades dos sistemas operacionais para iPad, iPhone, computadores e outros produtos da Apple.

A grande expectativa do mercado era o anúncio de como a Apple iria se atualizar para a era da inteligência artificial. Eles estão chamando isso de “Apple Intelligence”. A escolha do nome “Apple Intelligence” parece uma jogada de marketing para dar uma identidade forte à iniciativa, diferenciando-a das soluções genéricas de IA disponíveis no mercado.

Disponibilidade e Limitações

A Apple sempre lança essas novas versões dos seus sistemas operacionais por volta de setembro, junto com o provável novo iPhone. No entanto, as novas funcionalidades anunciadas hoje funcionarão apenas no iPhone 15 Pro ou modelos superiores, o que significa que, inicialmente, estarão disponíveis apenas para um número limitado de dispositivos. Além disso, o lançamento inicial será em inglês, o que pode atrasar a chegada desses recursos para nós aqui no Brasil.

A decisão de limitar as novas funcionalidades aos modelos mais recentes de iPhone pode ser vista como uma estratégia para incentivar a venda dos dispositivos mais caros. No entanto, isso também pode gerar frustração entre os usuários que possuem modelos mais antigos. A barreira linguística inicial é outro ponto que pode retardar a adoção global.

Privacidade e Segurança

Apesar dessas limitações, a Apple alegou que haverá mais segurança, pois o processamento será feito no próprio dispositivo, sem necessidade de usar a nuvem. Isso é um ponto de marketing forte para a Apple, que sempre destaca a privacidade como um diferencial em relação ao Google, cujo modelo de negócios é baseado em publicidade.

A ênfase da Apple na privacidade é um argumento poderoso, especialmente num momento em que as preocupações com segurança de dados estão em alta. Contudo, a alegação de que o processamento local oferece mais segurança pode ser vista com ceticismo, considerando a necessidade de servidores robustos para tarefas complexas de IA.

Comparação com Concorrentes

O anúncio de hoje não trouxe nenhuma revolução. A Apple apenas adequou seus sistemas operacionais à tecnologia da inteligência artificial, algo que a Microsoft já fez no ano passado com o Copilot, integrando recursos como resumo de textos e geração de imagens diretamente nos seus aplicativos. Em resumo, a Apple está corrigindo um atraso tecnológico, mais do que inovando.

Crítica de Elon Musk

Elon Musk criticou a nova inteligência artificial da Apple, dizendo: ‘É absurdo que a Apple não seja esperta o suficiente para fazer sua própria inteligência artificial.’ No entanto, notas da comunidade de tecnologia desmentem essa afirmação, destacando que a inteligência artificial da Apple será própria e diferente do ChatGPT. Procurada pela CNN Brasil, a Apple ainda não se pronunciou sobre isso.”

As críticas de Musk podem ser vistas como parte de uma guerra de narrativas. Musk, com seu histórico na OpenAI e agora concorrente no campo da IA, tem interesse em minimizar os avanços da Apple. A resposta da comunidade tecnológica sugere que há nuances importantes nas capacidades da IA da Apple que ainda não foram totalmente compreendidas.

Dor de Cotovelo de Musk?

“Musk afirmou: ‘Se isso chegar ao nível do sistema operacional, vou proibir que qualquer pessoa entre no prédio do X com telefone da Apple.’ Musk, na verdade, tem uma grande dor de cotovelo porque foi um dos criadores da OpenAI e, em algum momento, brigou com Sam Altman e os outros cofundadores da OpenAI. Agora, ele levantou 3 bilhões de dólares para montar uma empresa de inteligência artificial para concorrer com a OpenAI. Portanto, é uma guerra de narrativas.” Afirma Marcelo Trípoli.

As declarações de Musk podem ser vistas mais como bravatas do que críticas fundamentadas. Seu histórico com a OpenAI e seus próprios interesses comerciais no setor de IA explicam parte de sua postura agressiva contra a Apple.

Guerra de Narrativas

A Apple, com sua vasta base de mais de um bilhão de dispositivos, pode proporcionar uma escala gigantesca para a tecnologia da OpenAI, algo que preocupa concorrentes. Se você imaginar que a OpenAI faz um acordo com uma empresa que tem acesso a um bilhão de dispositivos, isso naturalmente deixa concorrentes insatisfeitos.

A parceria entre Apple e OpenAI pode ser uma jogada estratégica para ambas as empresas. A Apple ganha uma tecnologia avançada para melhorar seus produtos, enquanto a OpenAI obtém acesso a uma base massiva de usuários, potencializando sua IA. Esta escala é um ponto crítico que pode definir a liderança no mercado de IA.

Conclusão

Em resumo, estamos assistindo a uma guerra de narrativas no mercado de inteligência artificial. A Apple, com sua parceria com a OpenAI, está posicionada para ser um player significativo, mas ainda não trouxe inovações que a diferenciem claramente dos concorrentes.

O futuro da inteligência artificial na Apple depende de como ela conseguirá transformar essa parceria em vantagens competitivas concretas. A guerra de narrativas continua, e as próximas etapas dessa história serão decisivas para determinar quem dominará o mercado de IA.

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